Que o Natal é uma das principais datas para a população brasileira (e cristã mundial) todos já sabem. E ela é importante também para a economia. Neste mês, o Núcleo de Pesquisa e Inteligência da Fecomércio MG publicou um estudo sobre a intenção de compra da população. Na capital Belo Horizonte, por exemplo, o consumidor está otimista e o gasto médio tende a ser de R$ 423,06.
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomercio), o Natal é a principal data do calendário varejista, responsável por impulsionar as vendas e a contratação de serviços. Para Rosângela Rodrigues, proprietária da MB Outlet, no Centro de São João del Rei, há uma mudança no comportamento do consumidor neste ano: “Percebo que as pessoas têm comprado mais para si mesmas”, afirma.
Seja para presentear alguém ou para consumo próprio, a empresária comemora. “Estou viajando desde novembro, fazendo estoque de roupa e sempre preciso repor. As últimas semanas foram boas e acredito que a próxima será ainda melhor. Amanhã mesmo, viajo para fazer novas compras e abastecer a loja”.
Alguns consumidores entrevistados confirmam a sensação de Rosângela. Em uma barbearia, Yuri Resende afirma que comprará alguns presentes, mas que não abre mão de uma roupa nova para o réveillon. Matheus Salomé, por outro lado, diz que também presenteará a família, mas que poupará parte do salário. “Trabalho para uma empresa norte-americana e viajo em janeiro. Aproveitarei para estender a viagem, então preciso economizar um pouco”, diz.
O que dizem os economistas
Segundo o economista Valter Lanceiro (33), que atua em uma empresa no Campo das Vertentes, pesquisas desse tipo servem para nortear a tomada de decisão do comerciante, mas é preciso considerar outras variáveis, como histórico de vendas, público que é atendido, localidade do estabelecimento e ritmo de compra.
Para ele, ainda assim é crucial que o comerciante tenha cautela nos investimentos de estoque, especialmente em lojas físicas. “Um planejamento sólido de vendas e promoções torna-se essencial para que possa aproveitar ao máximo esse período. A criatividade no atendimento pode ser um diferencial importante nesse cenário”, orienta.
A economista da Fecomério Gabriela Martins analisa: “Apesar das expectativas positivas, alguns fatores podem influenciar negativamente os gastos no período. As vendas podem ser desestimuladas por lojas cheias (26% dos entrevistados), mau atendimento (21%) e pouca variedade de produtos (8%)”.
Na análise dela, os próprios consumidores apontam o que fazer para atrair os clientes: promoções, preços reduzidos, variedade de marcas e produtos, atendimento diferenciado e facilidade no pagamento. “Há uma expectativa de maior movimentação na segunda quinzena de dezembro e para 56% dos que irão presentear, as compras deverão ser feitas de maneira a aproveitar as promoções”, conclui.
Clique aqui e confira a íntegra da pesquisa.
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