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Já que Minas não tem mar, eu vou trilhar

Destino comum no verão, Corpo de Bombeiros alerta para cuidados em cachoeiras, rios e lagos

Publicado em 17/01/2024 às 13:26

Cachoeira do Mangue (Foto: Tiradentes.net)

Calor e tempo livre levam a um destino muito comum neste início de ano: o turismo ecológico, com roteiros que incluem cachoeiras, rios e lagos. As opções em São João del Rei, Tiradentes e outras cidades no Campo das Vertentes são das mais variadas e o Corpo de Bombeiros alerta para os cuidados necessários.

Dados da corporação apontam que mais de mil ocorrências são atendidas todos os anos, envolvendo casos de afogamento em Minas Gerais, numa média de 200 casos de mortes anualmente. As chuvas do verão aumentam ainda mais os perigos, em razão de cabeça d’água, deslizamentos e raios.

As belas quedas d’água podem mudar repentinamente em razão de uma cabeça d’água: aumento rápido do nível de um curso de água, devido à chuva de grande intensidade que, normalmente, ocorre nas cabeceiras dos rios ou em trechos mais altos do percurso, onde ocorre o escoamento.

No domingo de 7 de janeiro, bombeiros foram acionados para resgatar um grupo de 16 pessoas que ficaram ilhadas na Cachoeira de Braúnas, na região da Serra do Cipó. Os banhistas ficaram presos e foram retirados com o apoio dos militares e da aeronave Arcanjo. Em 2021, uma cabeça d’água arrastou dezenas de pessoas em Capitólio, ferindo várias vítimas e deixando pelo menos três sem vida.

Minas não tem mar, mas as muitas cachoeiras atraem o interesse dos moradores e turistas de todo o país, que precisam ficar atentos aos perigos e conferir a previsão do tempo antes de pegar a trilha. O Corpo de Bombeiros orienta que você interrompa o passeio, procure um local afastado da correnteza e se proteja nas seguintes condições:

• Se a correnteza começar a ficar mais rápida e trazer muitas folhas e galhos, ela indica que está descendo um grande volume de água.

• Vale também observar a movimentação dos animais. As aves fogem da chuva da cabeceira e voam no sentido contrário.

• A cor da água também pode ser um indicativo. Se a água começar a ficar mais turva, é hora de deixar o rio.

• Se o local já possui sinalização de alertas para possíveis cabeças d’água, redobre a atenção e a qualquer indicativo de chuva jamais se arrisque.

De acordo com os militares, os lugares mais recorrentes são os trechos do rio com encostas íngremes e afastados das nascentes, onde o nível da água tende a aumentar com maior vazão. Outra dica então é ficar mais próximo à nascente, onde a possibilidade de acontecer a cabeça-d’água é menor.

Se ainda assim for surpreendido, procure proteção para só depois continuar o percurso. Não tente atravessar a correnteza. O ideal é buscar um lugar mais alto, longe do rio e esperar a enxurrada passar. E lembre-se de sempre pegar a trilha acompanhado de alguém.

Clique aqui e veja opções de cachoeira na região.

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