Resende Costa, ano de 2024. Um mineiro que se preste há de saber contar um bom causo, geralmente inspirado por fatos da vida real, do cotidiano e por vezes rodeado de suspense. Como mineira que é, Janete Helena lança hoje, dia 26 de janeiro, o livro O Túmulo da Desconhecida, pela Editora Viseu.
“É uma história que se passa no nosso quintal e que poderia ser de qualquer um de nós”, conta a escritora, que é natural da terra do artesanato têxtil e utiliza a cidade como cenário para sua obra. Ela traz a história de uma jornalista paulistana que vem ao interior de Minas se desafazer de um imóvel, herança de uma família que nem sabia que tinha.
A jornalista acaba ficando presa na cidade por conta da pandemia do coronavírus e começa a se envolver com a cultura local. Aqui, ela descobre um conto misterioso sobre um túmulo e vai se enveredar pelas histórias da própria família e perceber que estão mais ligadas do que poderia imaginar.
Segundo Janete, tem um suspense inesperado no enredo e segredos que são revelados a partir da leitura de cartas antigas. A obra de 185 páginas tem um tom leve, leitura fluida e de fácil acesso para qualquer pessoa. Ela promete impressionar e gerar identificação com o leitor: se ele for do Campo das Vertentes, certamente conseguirá se ver nas páginas.
Município tem mesmo um sepultamento misterioso
Resende Costa, década de 1920. Uns dizem que uma desconhecida foi enterrada na cidade do Campo das Vertentes, que ainda hoje abriga o túmulo. Outros acrescentam que a tal desconhecida era, na verdade, popular entre os conterrâneos: uma jovem que ajudara a carregar materiais para o cemitério e logo ela havia sido a primeira a ser enterrada ali.
O túmulo existe e inspirou o livro de Janete. “Eu trabalhava na Secretaria de Cultura. A gente estava fazendo uma atualização de fichas de bens inventariados. Quando li o documento, foi como se eu fizesse um download da história”, descreve a autora. Naquela mesma tarde, a escritora começou a estruturar o romance.
A história é tão importante para o município, que o túmulo foi inventariado como patrimônio cultural de Resende Costa no ano de 2008. De acordo com Wagner Barbosa, presidente do Conselho Municipal de Patrimônio e Cultura, essa é mais uma história curiosa da região e o inventário já é uma prévia salvaguarda do bem antes que ele se perca.
A tradição oral é clara: “A moça ajudou a construir o cemitério, morreu depois de uma tragédia, por afogamento e foi a primeira a ser sepultada ali. Minha avó já contava essa história, que também está registrada na ficha do bem”, conta. “Além de preservar a memoria local, o livro divulga para novas gerações esse tão rico causo”, conclui Wagner.
E aí, interessou?
Segundo Janete, haverá uma noite de autógrafos, bate papo e música ao vivo em Resende Costa, São João del Rei e outras cidades da região, com datas ainda em aberto. O romance já está disponível para compra nas principais plataformas, no Brasil e exterior:
• Livro impresso - sites da Viseu, Amazon, Americanas, Magazine Luiza, Shoptime e Submarino.
• E-book: Amazon, Apple, Barnes & Noble (EUA), Google, Kobo, Livraria Cultura e Wook (Portugal).
Janete Helena é nascida e criada em Resende Costa
Janete Helena, a filha do Zé e da Toninha, é natural de Resende Costa, uma cidade de aproximadamente 10 mil habitantes. A autora conta que escreve desde pequena e que o hábito é uma válvula de escape para ela. “Eu não quero escrever só para mim, quero escrever para as pessoas, quero ser lida”, afirma. Ela já administrou blogs, é colaboradora de jornais locais e já tem outro livro na gaveta.
Foto Janete Helena - arquivo pessoal
Capa do livro - André de Resende
Foto Resende Costa - Lucas Lara
